É a prática de bulling realizada através da internet
que busca humilhar e ridicularizar os alunos, pessoas desconhecidas e
também professores perante a sociedade virtual. Apesar de ser praticado
de forma virtual, o cyberbullying tem preocupado pais e professores,
pois através da internet os insultos se multiplicam rapidamente e ainda
contribuem para contaminar outras pessoas que conhecem a vítima.
Os meios virtuais utilizados para disseminar difamações e calúnias são as comunidades, e-mails, torpedos, blogs e fotologs. Além de discriminar as pessoas, os autores são incapazes de se identificar, pois não são responsáveis o bastante para assumirem aquilo que fazem. É importante dizer que mesmo anônimos, os responsáveis pela calúnia sempre são descobertos.
Infelizmente os meios tecnológicos que, a priori, seriam para melhorar e facilitar a vida das pessoas em todas as áreas estão sendo utilizados para menosprezar e insultar outras pessoas. Não existe um tipo de pessoa específica para ser motivo de insultos, sendo que a invasão do e-mail ou a exposição de uma foto já é o bastante. Em relação a colegas de escola e professores, as difamações são intencionadas e visam mexer com o psicológico da pessoa, deixando-a abatida e desmoralizada perante os demais.
As pessoas que praticam o cyberbullying são normalmente adolescentes sem limites, insensíveis, insensatos, inconseqüentes e empáticos. Apesar de gostarem da sensação que é causada ao destruir outra pessoa, os praticantes podem ser processados por calúnia e difamação, sendo obrigados a disponibilizar uma considerável indenização.
Em que o Cyberbullying difere do Bullying?
A
diferença está nos métodos e ferramentas utilizadas pelos praticantes.
O Bullying ocorre no mundo real enquanto que o cyberbullying ocorre no
mundo virtual. Geralmente, nas demais formas de maus-tratos, a vítima
conhece seu agressor, mesmo que os ataques sejam diretos ou indiretos.
No Cyberbullying, os agressores se motivam pelo "anonimato", valendo-se
de nomes falsos, apelidos ou fazendo-se passar por outras pessoas.
Quando se trata de bullying e cyberbullying, é comum pensar que há apenas dois envolvidos: a vítima e o agressor. Mas os especialistas alertam para um terceiro personagem fundamental: o espectador. Veja a seguir o que caracteriza a ação de cada um deles nos casos de violência entre os jovens.
Quando se trata de bullying e cyberbullying, é comum pensar que há apenas dois envolvidos: a vítima e o agressor. Mas os especialistas alertam para um terceiro personagem fundamental: o espectador. Veja a seguir o que caracteriza a ação de cada um deles nos casos de violência entre os jovens.
Vítima
Costuma
ser tímida ou pouco sociável e foge do padrão do restante da turma pela
aparência física (raça, altura, peso), pelo comportamento (melhor
desempenho na escola) ou ainda pela religião. Geralmente, é insegura e,
quando agredida, fica retraída e sofre, o que a torna um alvo ainda
mais fácil. Segundo pesquisa da ONG Plan, a maior parte das vítimas -
69% delas - tem entre 12 e 14 anos. Ana Beatriz Barbosa Silva, médica e
autora do livro Bullying: Mentes Perigosas na Escola, cita
algumas das doenças identificadas como o resultado desses
relacionamentos conflituosos (e que também aparecem devido a tendências
pessoais), como angústia, ataques de ansiedade, transtorno do pânico,
depressão, anorexia e bulimia, além de fobia escolar e problemas de
socialização. A situação pode, inclusive, levar ao suicídio.
Adolescentes que foram agredidos correm o risco de se tornar adultos
ansiosos, depressivos ou violentos, reproduzindo em seus
relacionamentos sociais aqueles vividos no ambiente escolar. Alguns
também se sentem incapazes de se livrar do cyberbullying. Por
serem calados ou sensíveis, têm medo de se manifestar ou não encontram
força suficiente para isso. Outros até concordam com a agressão, de
acordo com Luciene Tognetta. O discurso deles vai no seguinte sentido:
"Se sou gorda, por que vou dizer o contrário?" Aqueles que conseguem
reagir alternam momentos de ansiedade e agressividade. Para mostrar que
não é covarde ou quando percebe que seus agressores ficaram impunes, a
vítima pode escolher outras pessoas mais indefesas e passam a
provocá-las, tornando-se alvo e agressor ao mesmo tempo.
Agressor
Atinge
o colega com repetidas humilhações ou depreciações porque quer ser mais
popular, se sentir poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. É uma
pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem
o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir. Pelo
contrário, se sente satisfeito com a reação do agredido, supondo ou
antecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela vítima. O
anonimato possibilitado pelo cyberbullying favorece a sua
ação. Usa o computador sem ser submetido a julgamento por não estar
exposto aos demais. Normalmente, mantém esse comportamento por longos
períodos e, muitas vezes, quando adulto, continua depreciando outros
para chamar a atenção. "O agressor, assim como a vítima, tem
dificuldade de sair de seu papel e retomar valores esquecidos ou formar
novos", explica Luciene.
Espectador
Nem
sempre reconhecido como personagem atuante em uma agressão, é
fundamental para a continuidade do conflito. O espectador típico é uma
testemunha dos fatos: não sai em defesa da vítima nem se junta aos
agressores. Quando recebe uma mensagem, não repassa. Essa atitude
passiva ocorre por medo de também ser alvo de ataques ou por falta de
iniciativa para tomar partido. "O espectador pode ter senso de justiça,
mas não indignação suficiente para assumir uma posição clara", diz
Luciene. Também considerados espectadores, há os que atuam como uma
plateia ativa ou uma torcida, reforçando a agressão, rindo ou dizendo
palavras de incentivo. Eles retransmitem imagens ou fofocas,
tornando-se coautores ou corresponsáveis.
Estudos reslizados com estudantes nas escolas mostra que:
Resultados |
Um em cada seis estudantes do ensino médio (16,2%) relataram ter sofrido bullying eletrônico nos últimos 12 meses |
Garotas tem quase duas vezes mais chance de relatarem ter sido vítimas de cyberbullying que os garotos (22,1% x 10,8%) |
Brancos relataram ter sofrido cyberbullying com mais que o dobro da frequência de negros |
Referencias
http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/cyberbullying
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10882
http://www.bullying.pro.br/index.php?option=com_content&view=article&id=76
http://noticias.terra.com.br/educacao/cyberbullying-aumenta-entre-os-estudantes-do-ensino-medio-nos-eua,61d548b541a7e310VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html
http://noticias.terra.com.br/educacao/cyberbullying-aumenta-entre-os-estudantes-do-ensino-medio-nos-eua,61d548b541a7e310VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html